sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Ativos do Grupo Rede são disputados por Cemig e J&F

A holding J&F continua avaliando todos os ativos do Grupo Rede, apesar de não ter conseguido adquirir as Centrais Elétricas do Pará (Celpa), segundo Henrique Meirelles, presidente do conselho de administração da companhia. Ele admitiu que a J&F ficou de fora do negócio, no caso da Celpa, mas está disposta a disputar os demais ativos do Grupo Rede, se necessário. “Temos interesse em todos os ativos do Grupo Rede a princípio, mas esta é uma decisão que ainda não está tomada”, observou Meirelles. 

Questionado sobre os ativos dos quais a J&F teria preferência, Meirelles disse que certamente há alguns negócios melhores no Grupo Rede, mas preferiu não revelar neste momento. “Não há previsão de quando algo será anunciado. Continuamos avaliando as condições dos ativos do Grupo Rede mesmo sem a Celpa”, destacou ele. A Celpa foi adquirida pela Equatorial Energia, do fundo Vinci Partners. A empresa fechou acordo para comprar 65,18% do capital votante das Centrais Elétricas do Pará por R$ 1. 

O negócio ainda depende de aprovações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade). As dívidas da Celpa superam R$ 3,4 bilhões. Seu plano de recuperação contemplava uma proposta para equacionamento do passivo opera-cional e financeiro da empresa, além da aquisição do controle da companhia por um in-vestidor externo.

Cemig está no páreo - A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) também manifestou interesse nos ativos do Grupo Rede. O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, confirmou ontem que a empresa tem interesse nas companhias do grupo que estão sob regime de intervenção do governo. O executivo não informou quais ativos do Grupo Rede despertam o maior interesse da empresa. Além da Celpa, vendida há poucos dias, o Grupo Rede tem ainda outras 8 empresas atuando em cinco estados brasileiros, entre eles Celtins (Tocantins), Enersul (Mato Grosso do Sul) e Caiuá (interior paulista). 

A Cemig também está interessada em participar da 11ª rodada de leilão de áreas de concessão de petróleo e gás anunciada pelo governo na semana passada, segundo Morais, que falou sobre o interesse ao chegar a Brasília. (Brasil Econômico)

Leia também:
Governo não pretende alterar prazo na MP579
Novas regras do setor elétrico devem incentivar fusões no médio prazo
BC projeta preços sob pressão, apesar de energia mais barata
Geradores defendem detalhamento de condições antes de optarem por renovar concessões