quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cesp espera fechar indenização de Três Irmãos em três meses

A Cesp, empresa de geração de energia do governo de São Paulo, deve concluir em até três meses as negociações com o governo federal sobre a indenização por investimentos não amortizados na hidrelétrica Três Irmãos, segundo o secretário de Energia do Estado, José Aníbal. A concessão de Três Irmãos, com capacidade de gerar 808 MW, venceu em 2011. A Cesp não quis renovar o contrato sob as condições estabelecidas no ano passado, com redução no valor pela operação do ativo. 

Desde o fim da concessão, a empresa continua operando a hidrelétrica que deve ser leiloada em junho. Ontem, o presidente da AES no Brasil, Britaldo Soares, disse que está avaliando a possibilidade de participar da licitação de Três Irmãos já que a usina teria sinergia com as hidrelétricas da AES Tietê, todas localizadas em São Paulo. Além de Três Irmãos, outras duas usinas - Jupiá e Ilha Solteira - têm contratos de concessão vencendo em 2015. A Cesp também não aceitou renovar os contratos destas usinas pois entendeu que o valor de indenização, de R$ 1,8 bilhão, era muito baixo. Pelos seus cálculos, deveria ser de R$ 7 bilhões. (Reuters)

AES dá mais foco à distribuição 
O plano de investimentos do grupo AES Brasil está fortemente focado neste ano na melhora da eficiência de suas distribuidoras, especialmente a Eletropaulo. A distribuidora, que atende a região da grande São Paulo, tem sido alvo dos órgãos reguladores em função da qualidade do atendimento na região. Além disso, os próximos ciclos de revisão tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vão exigir mais eficiência e as empresas distribuidoras que não se adequarem vão perder valor para seus acionistas. Diante desse desafio, a AES não deve buscar a expansão por meio de aquisições. O presidente da empresa, Britaldo Soares, reforçou ontem que o foco do investimento será em qualidade. Ao ser questionado se poderia ampliar a atuação para outras regiões por meio de compra das distribuidoras da Eletrobras, o executivo respondeu: “Não. Na distribuição a gente já tem uma plataforma potente” citando Eletropaulo e AES Sul, que atua no Rio Grande do Sul.

Investimentos da Eletrobras em ritmo lento 
O grupo Eletrobras executou nos dois primeiros meses do ano menos de 10% de seu orçamento de investimentos para 2013. A empresa tem disponível para aplicar R$ 10 bilhões, mas segundo informações publicadas no Diário Oficial foram investidos, em janeiro e fevereiro, R$ 666 milhões. A Chesf foi a que mais aportou recursos: R$ 175 milhões dos quase R$ 2 bilhões que tem disponíveis. A Eletronuclear utilizou R$ 89 milhões dos R$ 3 bilhões de orçamento anual. (Brasil Econômico)

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