segunda-feira, 25 de março de 2013

Cesp obtém prejuízo de R$296,6 milhões no quarto trimestre

A Cesp obteve prejuízo de R$296,611 no quarto trimestre de 2012, revertendo um lucro de R$73,590 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. Apesar dos números do período, na medição anual, a companhia registrou uma expansão de 36,3% nos ganhos, de R$108,581 milhões em 2011 para R$147,982 em 2012.

De acordo com a companhia, o prejuízo no quarto trimestre deve-se ao aumento das despesas operacionais em 88,4%, prejudicadas principalmente por um provisionamento de R$342,2 milhões relacionados à Entidade de Previdência a Empregados, além de uma de uma despesa de R$142 milhões no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) referentes à sua parcela no rateio dos custos pela geração insuficiente de energia elétrica pelo sistema, com a necessidade de despacho das usinas termelétricas, parcela contabilizada como despesa na rubrica Energia Comprada.

A receita operacional líquida aumentou 1,2% na comparação trimestral, de R$795,725 milhões para R$805,181 milhões. No ano, a expansão foi de 13,4%, de R$2,957 bilhões para R$3,354 bilhões.

O lucro antes de juros,impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado caiu 25,7%, de R$490,37 milhões no quarto trimestre de 2011 para R$364,550 milhões. Na comparação anual, houve a expansão de 18,6%, de R$1,746 bilhão para R$2,072 bilhões.

A produção de energia elétrica no quarto trimestre de 2012 alcançou 9.890.384 MWh, 5,2% inferior ao mesmo período de 2011. No acumulado do ano atingiu 42.353.069 MWh, 3,2% superior ao ano de 2011.

As receitas com venda de energia atingiram R$ 3.816,3 milhões no ano passado, 13,1% superior a 2011. No quarto trimestre de 2012 essas receitas somaram R$ 936,2 milhões. 

Emae:Prejuízo de R$125 milhões em 2012
A Emae comunicou ao mercado na última sexta-feira (25/3) o prejuízo de R$125 milhões nos resultados de 2012, incremento de 206% frente aos R$ 40,8 milhões negativos de 2011. O aumento das perdas é justificado pela companhia pelas alterações impostas na Medida Provisória 579, que alterou o quesito CPC 01 - Redução ao valor recuperável de ativos -, resultando em uma perda de R$105 milhões, e pela reavaliação atuarial do fundo de pensão – CPC 33 – Benefícios a empregados -, que aumentou o passivo em R$69 milhões. Excluídas essas mudanças, a empresa declara que teria encerrado o exercício de 2012 com lucro de cerca de R$42 milhões. “A referida MP exigiu grandes esforços dos agentes envolvidos para analisarem, em prazos extremamente exíguos, os efeitos das mesmas sobre a sustentabilidade de seus negócios”, declara texto do comunicado.

A empresa prorrogou as concessões das hidrelétricas de Rasgão, Henry Borden e Porto Góes. Além desses empreendimentos, a Emae está construindo a PCH Pirapora, com 25MW de potência instalada, cuja entrada em operação está prevista para meados de 2014.Em dezembro de 2012, os aproveitamentos hidrelétricos da companhia somaram 949,4MW, que correspondem a cerca de 5% da capacidade instalada no Estado de São Paulo e cerca de 0,8% do Brasil.

A produção de energia das usinas tiveram redução de 10,62% em relação ao ano anterior, com 1.388,54GWh registrados em 2012. A menor geração verificada foi na usina Henry Borden, com produção 14,6% menor do que em 2011. Segundo a empresa, a redução ocorreu em virtude da utilização dos despachos no atendimento prioritário a situações emergenciais. Mesmo assim, a Emae ressalta que a geração em Henry Borden (130,7MW médios) ficou acima da energia assegurada, fixada em 127,7MW médios.Ao final de 2012, a Emae atingiu 154,3MW médios de contratos comercializados , sendo 125,9MW médios no mercado regulado, e 28,4MW médios no ambiente livre, resultando em um faturamento de R$142,1 milhões. A receita oriunda da liquidação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica totalizou R$29,3 milhões. (Jornal da Energia)
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