O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, confirmou que estão sendo estudadas revisões na metodologia de cálculo que leva ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). O indicador é usado no mercado de curto prazo de energia, em que se liquidam sobras e déficits, mas hoje também serve como base para os valores de contratos fechados no mercado livre.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão de planejamento do Ministério de Minas e Energia, já tinha confirmado que esse assunto está em discussão. De acordo com Chipp, a ideia é que o PLD "dê um sinal mais realista de preço". Isso porque, embora o indicador tenha ficado em patamares mais altos nos últimos meses, o normal é que ele fique baixo durante boa parte do ano. E chegue a mínimos de R$12,20 por MWh em períodos chuvosos.
Chipp explicou que essa possível revisão seria para repassar ao PLD parte dos custos com o despacho de termelétricas para manter o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Hoje, esse gasto é bancado pelo Encargo de Serviços de Sistema (ESS), que é cobrado de todos os consumidores. "Estamos considerando incluir a uma parte da aversão ao risco na formação do PLD. Não tudo, uma parte".
De qualquer maneira, o diretor do ONS esclareceu que tudo ainda está "em fase de análise técnica", com envolvimento da EPE e do Centro de Pesquisas em Energia Elétrica da Eletrobras (Cepel). "Ainda está distante. Talvez no ano que vem esteja pronto (um novo modelo)", arriscou Chipp. (Jornal da Energia)
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