quarta-feira, 22 de maio de 2013

Portaria 455: pedido de adiamento da CCEE é justificável, avalia MME

O pedido de adiamento da segunda fase da portaria 455 feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica ao Ministério de Minas e Energia é justificável na opinião do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Altino Ventura Filho. A CCEE solicitou o adiamento de julho para janeiro de 2014. Essa fase colocaria a obrigatoriedade dos agentes realizarem o registro da contratação ex-ante ao consumo de forma semanale não mensal como feito desde novembro do ano passado.


Segundo Ventura, o pedido é justificável e está sendo considerado. "O MME vai olhar com bastante atenção se realmente não há possibilidade de colocação disso no curto prazo", disse o executivo ao participar do Enase 10 anos, que acontece nesta terça e quarta-feiras, 21 e 22 de maio, no Rio de Janeiro.

Ele afirmou que nos úlimos meses surgiram uma série de mudanças que o setor elétrico está tendo que atender, em particular a questão da incorporação do POCP dentro dos modelos de simulação, que atinge não só a operação, mas também a CCEE. "Essas demandas estão sendo atendidas e as equipes são limitadas. A CCEE pediu que fosse feita essa análise e ela está sendo feita. Vamos dar a devida atenção a esse assunto", declarou o secretário, sem dizer, no entanto, quando essa análise estará concluída. 

Plano Nacional 2050 deve estar concluído no início de 2014, segundo EPE
A Empresa de Pesquisa Energética estima que deverá concluir o Plano Nacional de Energia 2050 no início de 2014. No plano, segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, deverá estar incluída uma política para a energia nuclear. "A gente não deve fechar a porta para nenhuma tecnologia. A gente tem urânio no país, domina a tecnologia, então é uma alternativa que o país tem", comentou o executivo.

Segundo Tolmasquim, atualmente, a nuclear ainda é cara e tem algumas questões ligadas ao rejeito que precisam ser melhoradas. "Do ponto de vista tecnológico, não tenho dúvidas de que tem que fazer para não perder a tecnologia. Agora, do ponto de vista energético, tem que estar sempre olhando. Pode ser que em algum momento tenha que colocar a nuclear", disse ao participar do Enase 10 anos, que acontece nesta terça e quarta-feiras, 21 e 22 de maio, no Rio de Janeiro.

O executivo falou ainda sobre a fonte solar. Para ele, a fonte vai começar a se disseminar no país de maneira descentralizada. "Com esse medidor bidirecional que a Aneel colocou e com a legislação do net meetering, vão ter residências em que o consumidor vai colocar o painel fotovoltaico", disse. Para leilão, ainda segundo ele, existem outras fontes renováveis mais baratas, como a eólica. (Canal Energia)

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