terça-feira, 30 de abril de 2013

Leilão de oferta de energia eólica terá novo modelo

O próximo leilão de oferta de energia eólica, que será realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em agosto deste ano, terá mudanças no modelo para garantir que as novas usinas consigam escoar sua produção. Nos últimos leilões, as usinas ficaram prontas mas não tinham como escoar a energia produzida por falta de subestações e linhas de transmissão. 

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), três usinas no Nordeste, com capacidade de 622 megawatts (MW), estão sem gerar energia há quase um ano porque não têm como escoar a produção. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, com o novo leilão os empreendimentos só poderão competir em áreas onde há subestações e linhas de transmissão já prontas para escoar a produção. 

O leilão terá duas fases. Na primeira, a usina concorrerá com outros empreendimentos pelo direito de usar determinada subestação. O critério de escolha das usinas vencedoras em cada subestação será o menor preço da energia produzida. “Se houver 150 MW concorrendo em uma subestação com capacidade para apenas 100MW, serão selecionados os 100 MW mais baratos”, disse Tolmasquim. 

Os selecionados em todas as subestações disponíveis disputarão uma segunda fase, na qual poderão mudar o preço oferecido na primeira etapa. O novo modelo de leilão também exigirá uma garantia maior dos empreendimentos de que a energia prometida será realmente entregue. No caso da energia eólica, a quantidade de energia a ser produzida não depende apenas da capacidade instalada da usina, mas também do regime de ventos que giram as turbinas geradoras. (Agência Brasil) 

Aneel define alocação de energia de hidrelétricas não renovadas
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu a alocação de cotas da energia das hidrelétricas Três Irmãos, Neblina e Sinceridade para as distribuidoras. As usinas não tiveram suas concessões renovadas pelos concessionários que as opera dentro do processo de renovação das concessões estabelecido pelo governo. A Aneel irá publicar resolução com detalhamento da alocação das garantias físicas e potências dessas usinas, definiu a diretoria da agência em reunião nesta terça-feira.

Já para a hidrelétrica Jaguara, usina operada pela Cemig e que também não teve a concessão renovada antecipadamente pela estatal mineira, a alocação da garantia física em cotas ocorrerá apenas a partir de agosto de 2013, após o vencimento do atual contrato de concessão da hidrelétrica. Três Irmãos, que tem garantia física de 217,5 megawatts (MW) médios, continua sendo operada pela Cesp e Neblina (4,44 MW médios) e Sinceridade (0,37 MW médios) estão sob operação de Furnas, do grupo Eletrobras, até que o governo realize o leilão das concessões das usinas. (Reuters)

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