segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mercado Livre de Energia absorve 40% dos MW das pequenas usinas brasileiras

O Mercado Livre de energia já é responsável pelo consumo de 40% da eletricidade de pequenas usinas no Brasil. O dado revela claramente a capacidade desse modelo assegurar a expansão da oferta de megawatts (MW) no país. Hoje, 11 mil MW médios são negociados nesse ambiente, o que representa cerca de R$ 30 bilhões em negócios. 

“Essa expansão por meio do mercado livre só não é maior porque o atual formato dos leilões é inadequado ao nosso ambiente”, explica Reginaldo Medeiros, coordenador do Ano do Mercado Livre de Energia, campanha que produziu o estudo inédito e que congrega oito entidades de classe do setor elétrico (ver relação abaixo). “Além disso, podemos assegurar a oferta sem implicar indexação da economia, como nos atuais contratos promovidos no mercado regulado”, complementa. 

Hoje, 1.175 empresas brasileiras compram 10.882 Megawatts (MW) médios no mercado livre de energia no Brasil, o que representa cerca da metade da eletricidade gerada por Itaipu. Atualmente, existem 353 produtores independentes de megawatts e 129 empresas comercializadoras, o que demonstra o profissionalismo do mercado e o aprimoramento nas técnicas de gestão de riscos. 

Os consumidores livres têm demandas contratadas de 3 MW. Essas companhias podem fazer contratos abertamente no mercado livre, sem importar a fonte de energia. Já os consumidores livres especiais têm demandas contratadas de 0,5 MW a 3 MW e podem negociar no mercado livre desde que contratem energia de fontes alternativas, como Pequenas Centrais Elétricas (PCHs), usinas eólicas, solar e de biomassa, pois assim ganham desconto na tarifa de transmissão. 

A campanha “2012- Ano do Mercado Livre de Energia”, é uma iniciativa das entidades Abeeólica (energia eólica), Abiape (investidores em autoprodução de energia), Abrace, (grandes consumidores industriais de energia e consumidores livres), Abraceel (comercializadores), Abragel (geração de energia limpa), Abragef (geração flexível), Abraget (geração térmica), Anace (consumidores de energia) e Apine (produtores independentes). 

A intenção é conscientizar autoridades públicas e agentes privados sobre a importância vital da negociação desregulamentada para a competitividade da indústria no país, bem como na blindagem contra a inflação. (Tn Petróleo)



Leia também:
Conta na distribuição vira queda de braço
Concessões: Choque de custo
* Editorial: Eletricidade mais barata?
Custo de construção de eólicas caiu 45% desde o Proinfa, estima BNDES