sexta-feira, 6 de março de 2015

Bancos darão novo socorro de R$ 3,1 bilhões a elétricas

Os bancos vão socorrer as distribuidoras de energia elétrica pela terceira vez em menos de um ano, com um aporte de R$ 3,1 bilhões. Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se reuniu com representantes dos principais bancos do país para explicar o quão importante considera esse financiamento para evitar um avanço ainda maior dos índices de inflação. O apelo de Levy foi feito diretamente a Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, Jesús Zabalza, presidente do Santander, Alexandre Abreu, presidente do Banco do Brasil, e Candido Bracher, do Itaú BBA, que representou Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco. O Valor apurou que o argumento encontrou respaldo nos bancos.


Além do novo financiamento às distribuidoras, o ministro pediu às instituições financeiras uma extensão de dois a cinco anos no prazo do vencimento dos contratos antigos, que somam R$ 17,8 bilhões. O pagamento desses empréstimos deveria começar a ser feito em novembro. A taxa de juros que será cobrada por essa nova parcela ainda está em negociação. Para atender as demandas do setor elétrico, o governo federal determinou na quarta-feira a adoção de medidas para viabilizar a importação de energia da Argentina e do Uruguai. A partir da infraestrutura existente, o potencial de fornecimento é de 1.000 megawatts (MW) da Argentina e até 500 MW do Uruguai.

A medida foi decidida em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). O acordo hoje existente entre o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Cammesa, operadora da Argentina, tem como principal objetivo a exportação de energia de forma ininterrupta do Brasil para o país vizinho. Agora, pretende-se estabelecer o inverso para aproveitar as eventuais disponibilidades de energia na Argentina, onde as chuvas têm sido torrenciais. (Valor Online)
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