terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Empréstimo para distribuidoras deve ser fechado no início de março, diz CCEE

As negociações para a captação de um novo empréstimo bancário destinado à cobertura dos débitos das distribuidoras no mercado de curto prazo em novembro e dezembro do ano passado devem ser finalizadas no começo de março, segundo o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Luiz Eduardo Barata. Ele relatou ter ouvido do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que o processo está bastante adiantado. Barata foi recebido pelo ministro nesta segunda-feira, 23 de fevereiro.

O valor previsto para o financiamento é em torno de R$ 2,6 bilhões, e o prazo para que o débito seja liquidado na CCEE vai até 31 de março. Braga afirmou no inicio do ano que este será o último empréstimo destinado a aliviar o caixa das distribuidoras via Conta ACR. Todos os custos adicionais resultantes do aumento dos gastos com a compra de energia pelas empresas serão pagos diretamente pelo consumidor na tarifa de energia.

Fator de ajuste do MRE é estimado em 77,7% pela CCEE
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica revisou a expectativa do fator de ajuste do MRE para o mês de fevereiro, passando de 77,2% para 77,7%. Com isso, o impacto financeiro desse déficit de geração recuou um pouco, de R$ 3,490 bilhões da semana passada para R$ 3,403 bilhões. Esse é o resultado de uma geração de pouco mais de 13 mil MW médios a menos do que a garantia física sazonalizada para o período.

De acordo com a câmara, em seu boletim informativo semanal InfoPLD, a geração hidráulica estimada para o conjunto de usinas do MRE é de 45.541,64 MW médios e a GF sazonalizada é de 58.578,49 MW médios. O valor financeiro tem como base o PLD teto estabelecido pela Aneel para 2015 que está em R$ 388,48/MWh. Em janeiro, o impacto do fator de ajuste foi de R$ 3,195 bilhões, resultado de um índice de 80,6%.

Já a estimativa de Encargos de Serviços do Sistema consolidado para o mês de fevereiro está em R$ 606 milhões. Desse valor, explica a CCEE, R$ 500 milhões correspondem aos encargos por restrição operativa porConstrained-On, ou seja, aqueles pagos pela geração despachada acima da ordem de mérito de custo. (Canal Energia)
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