Os aumentos tarifários destinados a resolver a crise financeira das distribuidoras de energia em 2015 têm gerado preocupação nas próprias empresas com uma eventual redução do consumo ou até mesmo com o aumento da inadimplência dos consumidores. “A gente não sabe qual vai ser a resposta do mercado ao aumento de preços. Tem uma preocupação que é o reequilíbrio da Parcela B”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Leite, ao chegar para reunião com o ministro Eduardo Braga no Ministério de Minas e Energia.
Para o executivo, as empresas estão a caminho de uma solução para a maior parte dos problemas da chamada Parcela A da tarifa, que inclui as despesas com a compra de energia, principal causa do endividamento do setor; encargos e tributos. Essa solução virá com o repasse imediato de custos ao consumidor via tarifa, por meio dos mecanismos de bandeiras tarifárias e de revisão tarifária extraordinária.
Uma possível retração de mercado ou o não pagamento da energia consumida pelos consumidores são questões que não repercutiram ainda, mas são uma preocupação para o futuro, por afetarem o faturamento das empresas. “Está muito recente para a gente avaliar isso”, afirmou Leite, lembrando que as contas resultantes dos primeiros aumentos começam a chegar para o consumidor.
Acompanhado de dirigentes das distribuidoras de energia, o presidente da Abradee participa nesta quinta-feira, 26 de fevereiro, de reunião no MME para tratar de aperfeiçoamentos regulatórios destinados a aumentar os investimentos em geração distribuída e na modernização das redes de distribuição. “É uma encomenda que o ministro já tinha feito às empresas”, disse o executivo. (Canal Energia)
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