O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou nesta quarta-feira, 14 de janeiro, que a melhoria da situação financeira das distribuidoras com a revisão tarifária extraordinária vai permitir a renegociação do financiamento de R$ 17,8 bilhões, contratado no ano passado para o pagamento de custos adicionais não cobertos pela tarifa em 2014. Segundo Braga, uma eventual renegociação poderá ter impacto positivo na redução do reajuste tarifário anual de cada distribuidora.
“A partir do momento em que as decisões forem tomadas pela Aneel, nós passaremos a ter um redesenho da remuneração do setor elétrico. Com isto, as distribuidoras poderão, com ou sem a ajuda da Fazenda, sentar com o setor financeiro, com os bancos que financiaram [a operação]”, disse o ministro, ao chegar ao Ministério do Planejamento para reunião sobre orçamento com o ministro Nelson Barbosa. Braga confirmou que o alongamento do prazo de pagamento das duas operações de crédito intermediadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica é uma das alternativas para reduzir o impacto desses empréstimos e compensar os efeitos da revisão extraordinária.
Pela manhã, o ministro já havia mencionado a possibilidade de renegociação de contratos do ano passado, ao afirmar que, após ser feita a RTE, uma outra situação de impacto financeiro virá no reajuste anual das empresas. “Esse impacto podera sofrer mudança significativa, e uma renegociação por parte das distribuidoras, em função da melhora dos recebíveis e da situação de caixa do setor elétrico, poderá implicar melhoria do desempenho financeiro dos contratos do ano passado”, disse.
Braga também se negou a fazer previsão sobre o possivel impacto do repasse imediato dos custos das empresas sobre as tarifas em 2015. Ele disse que não acredita no aumento médio de 40%, atribuído pelo jornal Valor Econômico a uma estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica. (Agência Canal Energia)
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