segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

´Bandeira vermelha´ é mantida e conta de luz segue mais cara em fevereiro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou na sexta-feira (30/1) que o sistema de bandeiras tarifárias vai permanecer na cor vermelha durante o mês de fevereiro, indicando que o custo da produção de energia no país segue muito alto e, por isso, a população deve economizá-la.

No próximo mês, portanto, haverá novamente um acréscimo de R$ 3 nas contas de luz para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Os recursos arrecadados pelas distribuidoras vão servir para financiar a produção de energia mais cara, devido principalmente ao uso mais intenso das termelétricas.

A medida vale para todo o país, exceto os estados do Amazonas, Amapá e Roraima, que não estão ligados ao sistema nacional de transmissão de energia e são atendidos isoladamente por termelétricas.

Em vigor desde 1º de janeiro, as bandeiras tarifárias permitem o repasse mensal aos consumidores de parte do gasto extra das distribuidoras com o aumento do custo da eletricidade. Antes, as distribuidoras eram obrigadas a bancar essa conta para serem ressarcidas quando do reajuste, que ocorre uma vez por ano.

O custo de produção de energia aumenta no país em situações como a vivida atualmente, em que a falta de chuvas reduz o armazenamento de água nas hidrelétricas e é necessário usar termelétricas. Essas usinas são movidas a combustíveis como óleo e gás e, por isso, a energia produzida por elas é mais cara.

Os consumidores serão informados, na conta de luz, sobre a bandeira em vigor. Se ela for verde, a tarifa não sofre nenhum acréscimo. Amarela, o aumento é de R$ 1,50 para cada 100 KWh (quilowatt-hora) consumidos. Vermelha, o consumidor paga R$ 3,00 para cada 100 KWh consumidos no mês.

Menor alta em cinco anos
Influenciado pelo desempenho da indústria nacional, abaixo do esperado, o consumo de energia no Brasil cresceu 2,2% em 2014, na comparação com 2013, o pior resultado em cinco anos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (30) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia.

“O segmento que frustrou as expectativas foi a indústria, cujo desempenho foi muito inferior àquele então previsto”, diz relatório da EPE. De acordo com a entidade, a queda no consumo de energia pela indústria no segundo semestre de 2014 foi maior que a prevista, chegando a 5,4%.

“Com isso, a previsão de o consumo industrial de energia atingir 186,9 TWh [terawatt-hora] no ano de 2014 foi frustrada em 2,2 TWh, o que equivale à geração anual de uma usina hidrelétrica de 450 MW. (Portal G1)
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