sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Distribuidoras contratam apenas 50% do necessário

As distribuidoras contrataram 2.105 megawatts (MW) médiosde energia no leilão de ajuste realizado ontem, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operação do certame.O total equivale a cerca de metade dos 4 mil MW médios de descontratação de energia das distribuidoras neste primeiro semestre do ano.O preço médio da energia contratada no leilão foi de R$387,07 por megawatt-hora (MWh), valor muito próximo do teto do preço de energia de curto prazo dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), de R$ 388,48 por MWh.

O preço praticado denota que as geradoras consideram que o PLD tende a se manter próximo do teto ao longo de todo este primeiro semestre e não aceitaram vender a preços mais baixos.Entre as empresas que venderam energia no leilão estão Cemig Geração, do grupo Cemig CMIG4.SA; a empresa de alumínio Alcoa AA.N; Petrobras PETR4.SA; Light LIGT3.SA; e comercializadoras de energia. 

O leilão movimentou um total de R$ 3,3 bilhões em contratos de energia. O governo federal mudou as regras do leilão de ajuste no final do ano passado, para permitir a prática de preços mais elevados. A intenção era atrair o interesse das geradoras a vender energia no leilão num cenário em que o Preço de Liquidação de Diferenças tende a ficar alto. O leilão não teve negociação apenas para venda de energia no produto de 3 meses para a Região Nordeste. (Brasil Econômico / Agência Reuters)


Energia eólica recebeu mais 83% do BNDES em 2014
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 6,6 bilhões para projetos de geração de energia eólica (dos ventos) em 2014, correspondendo a 2.585,8 megawatts (MW) de potência instalada. Em relação ao total aprovado em2013 (R$ 3,6 bilhões), o aumento alcançou 83,3%. Em dezembro, de acordo com o banco, foram aprovados empréstimos de R$ 1,7 bilhão para 22 parques eólicos. Com capacidade de 590,4 MW, os parques estão localizados nos estados de Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

A previsão para que os projetos entrem em operação é primeiro semestre deste ano, conforme balanço divulgado ontem pelo BNDES. Segundo a instituição, as aprovações registradas em 2014 contribuíram "para colocar o Brasil entre os cinco maiores investidores globais, tanto em energia eólica quanto em energia renovável". Desde 2003, o apoio do BNDES à geração eólica soma R$ 20 bilhões, equivalentes a 7.287,8 MW. Segundo o banco, as energias renováveis participam com cerca de 80% da matriz elétrica brasileira, superando a média internacional, que é 20%. (Brasil Econômico / ABr)
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