As distribuidoras contrataram 2.105 megawatts (MW) médiosde energia no leilão de ajuste realizado ontem, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operação do certame.O total equivale a cerca de metade dos 4 mil MW médios de descontratação de energia das distribuidoras neste primeiro semestre do ano.O preço médio da energia contratada no leilão foi de R$387,07 por megawatt-hora (MWh), valor muito próximo do teto do preço de energia de curto prazo dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), de R$ 388,48 por MWh.
O preço praticado denota que as geradoras consideram que o PLD tende a se manter próximo do teto ao longo de todo este primeiro semestre e não aceitaram vender a preços mais baixos.Entre as empresas que venderam energia no leilão estão Cemig Geração, do grupo Cemig CMIG4.SA; a empresa de alumínio Alcoa AA.N; Petrobras PETR4.SA; Light LIGT3.SA; e comercializadoras de energia.
O leilão movimentou um total de R$ 3,3 bilhões em contratos de energia. O governo federal mudou as regras do leilão de ajuste no final do ano passado, para permitir a prática de preços mais elevados. A intenção era atrair o interesse das geradoras a vender energia no leilão num cenário em que o Preço de Liquidação de Diferenças tende a ficar alto. O leilão não teve negociação apenas para venda de energia no produto de 3 meses para a Região Nordeste. (Brasil Econômico / Agência Reuters)
Energia eólica recebeu mais 83% do BNDES em 2014
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 6,6 bilhões para projetos de geração de energia eólica (dos ventos) em 2014, correspondendo a 2.585,8 megawatts (MW) de potência instalada. Em relação ao total aprovado em2013 (R$ 3,6 bilhões), o aumento alcançou 83,3%. Em dezembro, de acordo com o banco, foram aprovados empréstimos de R$ 1,7 bilhão para 22 parques eólicos. Com capacidade de 590,4 MW, os parques estão localizados nos estados de Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
A previsão para que os projetos entrem em operação é primeiro semestre deste ano, conforme balanço divulgado ontem pelo BNDES. Segundo a instituição, as aprovações registradas em 2014 contribuíram "para colocar o Brasil entre os cinco maiores investidores globais, tanto em energia eólica quanto em energia renovável". Desde 2003, o apoio do BNDES à geração eólica soma R$ 20 bilhões, equivalentes a 7.287,8 MW. Segundo o banco, as energias renováveis participam com cerca de 80% da matriz elétrica brasileira, superando a média internacional, que é 20%. (Brasil Econômico / ABr)
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