quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Leilão de transmissão da Aneel termina sem interessados em maior parte dos lotes

O terceiro leilão de transmissão de energia do ano, realizado nesta terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), terminou sem que a maior parte dos lotes oferecidos recebesse manifestações de interesse. Dos nove lotes do certame, cinco não receberam proposta, sendo que ativos incluídos em três deles já haviam sido alvo de leilões anteriores de energia. Além disso, dois dos quatro lotes arrematados foram vencidos com baixo deságio em relação ao limite estabelecido pelo governo.

Alguns participantes do processo, que pediram para não serem identificados, citaram entre os motivos para a baixa demanda dificuldades logísticas e uma receita anual permitida insuficiente para remunerar adequadamente os investimentos.

A Eletrosul, do grupo Eletrobras, desbancou a espanhola Abengoa ao vencer o lote A do leilão, o maior dentre os disputados no certame, reunindo 2,169 quilômetros de linhas de transmissão em uma série de empreendimentos no Rio Grande do Sul.

A companhia ofereceu receita anual permitida (RAP) de 336 milhões de reais para o lote, um deságio de 14 por cento em relação à RAP máxima de 390,756 milhões de reais.

Em parceria com a Copel, a Eletrosul também venceu o lote E, oferecendo receita anual permitida de 22 milhões de reais, deságio de cerca de 3,5 por cento sobre o teto estabelecido. O lote envolve 265 quilômetros de linhas de transmissão no Mato Grosso do Sul.

Já a Companhia Energética de Goiás (Celg), controlada pela Eletrobras, venceu o lote F do certame, com oferta de receita anual permitida de 1,64 milhão de reais, deságio de apenas 0,3 por cento, enquanto a Isolux Projetos e Instalações levou o lote H, com RAP de 17,228 milhões de reais, deságio de 0,6 por cento.

Terminaram o leilão sem receber manifestação de interesse o lotes B, com 436 quilômetros de linhas de transmissão no Pará, o lote C, com 1.267 quilômetros de linhas de transmissão no Mato Grosso, e o lote D, com 231 quilômetros de linhas de transmissão em Minas Gerais.

Os ativos incluídos nesses três lotes já tinham sido alvo de leilões anteriores de energia.

Também não receberam proposta no leilão desta terça-feira o lote G, com 150 quilômetros de linhas de transmissão no Tocantins, e o lote I, envolvendo uma subestação de energia no Pará. (Agência Reuters)
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