sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Reserva de lucro da Eletrobras é de R$ 2,1 bilhões

A reserva de lucros da Eletrobras está com um saldo de R$ 2,1 bilhões. Esse saldo garante a possibilidade de que a companhia poderá avaliar o pagamento de dividendos aos acionistas mesmo se a empresa apresentar prejuízo anual, assim como registrado em 2012 e 2013. A decisão, depende do conselho de administração da estatal, mas a tendência é de aprovação do tema assim como feito nos dois últimos anos.

De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Armando Casado de Araújo, a companhia teria o direito de não pagar dividendos nos dois últimos anos, mas a decisão seguiu o caminho contrário. E explicou que o valor revertido para os detentores de ações preferenciais e ordinário ficou no mesmo montante, de R$ 424 milhões.

“Se tivermos prejuízo e a reserva de lucro não tiver saldo suficiente para o pagamento de dividendos não vamos pagar. Agora, se tiver reserva de lucro não cabe a mim, mas ao conselho da empresa, a decisão do pagamento”, afirmou ele em reunião com analistas e investidores promovida em São Paulo pela Apimec. “Por isso é importante voltar à lucratividade da companhia”, acrescentou.
Segundo o diretor, a tendência do conselho em relação a esse ponto é de manter a política de pagamento de dividendos. Uma posição que já existe há cinco anos.

Eletrobras e Petrobras formam GT para avaliar parcela controversa de dívida
A Eletrobras e a Petrobras vão começar a discutir a parcela classificada como controversa de R$ 1,7 bilhão da dívida total de R$ 4,9 bilhões da elétrica com a petrolífera. A conciliação nessa parcela da dívida deverá resultar em um prazo de pagamento de pelo menos 60 vezes. O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado, preferiu não indicar para quanto essa parcela poderia ser reduzida. 

A ideia das duas empresas, explicou o executivo, é de entender os itens que compõe essa parcela do débito. Um dos maiores problemas é a diferença de preços do combustível. A Aneel reconhece um valor que consta em uma tabela na ANP. Contudo, continuou o diretor da Eletrobras, a Petrobras cobra o preço de bomba pelo produto.

“Essa diferença de preços vai criando um buraco enorme”, resumiu ele. Ainda serão analisados outros itens, como impostos e a atualização de valores devidos. Enquanto isso, a empresa confirmou que pagará nesta sexta-feira, 22 de agosto, a primeira parcela de R$ 452 milhões de 85 vezes da dívida de R$ 1,3 bilhão já acordado entre as duas empresas. Outra parte da dívida que está equacionada é de R$ 1,9 bilhão e que foi dividida em 20 parcelas. (Agência Canal Energia)
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