As perspectivas de investimentos no setor elétrico brasileiro no período 2014-2017 são de R$ 191,7 bilhões, segundo estimativas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O valor faz parte de uma atualização de um estudo do banco que indica que o Brasil receberá investimentos de R$ 4,07 trilhões no período. A previsão anterior, divulgada em outubro do ano passado, previa investimentos de R$ 3,98 trilhões. As maiores revisões se deram na área de petróleo e gás, com aumento de R$ 30 bilhões de investimento e total previsto de R$ 488 bilhões no período; em energia elétrica, com a adição de R$ 16 bilhões; e papel e celulose, com incremento de R$ 7 bilhões.
No setor elétrico, a maior parte dos recursos do setor está no segmento de geração, sendo as hidrelétricas a parcela mais expressiva, com R$ 54,5 bilhões. Desse montante, os projetos que se destacam são a UHE Belo Monte (PA, 11.200 MW), licitada em 2009, e a UHE São Luis do Tapajós (PA, 6.100 MW), prevista para ser licitada entre 2014 e 2015. Os projetos eólicos são o segundo destaque em porte de investimentos, com R$ 43 bilhões. Em 2013, diz o banco, houve elevação importante de contratação de energia eólica nos leilões. O BNDES menciona ainda a retomada da contratação de PCHs.
Para o segmento de transmissão, a perspectiva de investimento é de R$ 37,6 bilhões no período. Os projetos associados à usina de Belo Monte são os mais relevantes. São cerca de R$ 4 bilhões para expansão da conexão entre as regiões Norte e Nordeste, segundo o banco. Adicionalmente, há cerca de R$ 10 bilhões de investimentos do Sistema de Transmissão de Belo Monte, que escoará energia até a Região Sudeste, a ser implementado em duas etapas. A primeira etapa foi licitada em fevereiro de 2014, e há perspectiva de licitação do segundo bipolo entre os anos de 2014 e 2015.
Segundo o BNDES, o cenário é de crescimento real de 28% nos investimentos em 2014-2017, em relação ao período 2009-2012, quando foram investidos R$ 3,17 trilhões. Do total de R$ 4,07 trilhões mapeados para 2014-2017, a indústria responde por R$ 1,15 trilhão em perspectiva de investimento, o que significa aumento acumulado de 31% (alta de 5,5% ao ano), devido sobretudo ao setor de óleo e gás. A infraestrutura responde por R$ 575 bilhões, com incremento de 35%, puxado sobretudo por dois setores ligados à logística: portos e ferrovias. (Agência Canal Energia)
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