terça-feira, 11 de março de 2014

Custo adicional de térmicas será discutido ao longo do mês, diz Aneel


O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, admitiu que a liberação de recursos da ordem de R$ 1,2 bilhão feita na sexta-feira passada está associada apenas à cobertura de custos das distribuidoras relacionados à frustração do resultado do leilão de compra de energia realizado no ano passado, chamado "A-1".

O diretor disse que a cobertura dos gastos com térmicas acionadas em janeiro ainda será discutido ao longo deste mês com o governo, assim como os valores relacionados ao mês de fevereiro. Rufino explicou que o resultado desfavorável do leilão implicou a não contratação de energia que seria usada para cobrir o desfalque provocado pelas geradoras que não aderiram ao plano de renovação das concessões. A licitação também serviria para atender à demanda das distribuidoras relacionada ao mês de dezembro.

Segundo Rufino, a Light foi a distribuidoras que contou com maior fatia de recursos, em razão de ser a empresa com maior "exposição involuntária" naquele momento (R$ 181 milhões).

Sobre a ânsia de técnicos do governo de voltar a discutir mudanças na metodologia de cálculo do preço da energia negociada no curto prazo (PLD), Rufino descartou que essa seja uma questão a ser levantada neste momento. "Não cabe mudar as regras no meio do jogo", disse o diretor-geral.

Essa alteração voltou a ser cogitada, pelo fato de PLD ser mantido em patamares máximos, dada a previsão de cenário hidrológico desfavorável. Interlocutores do governo consideram que a previsão meteorológica pode mudar de uma semana para a outra, levando o preço neste mercado a valores mínimos. Portanto, a solução, de acordo com esse entendimento, seria manter o PLD em patamares próximos a valores médios. (Valor Online)
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