Aneel define WACC para geradoras cotistas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu em 7,16% o custo médio ponderado de capital (WACC, na sigla em inglês). A taxa será utilizada para remuneração das instalações de geração de energia elétrica em regime de cotas neste ano.

A determinação do custo de capital é de fundamental importância no processo de cálculo da remuneração das instalações de geração de energia elétrica em regime de cotas. Uma vez fixado o WACC torna-se possível estimar o retorno esperado do investimento, o que por sua vez afeta as decisões de investimento dos empreendedores.

Segundo o relator do processo, diretor da Aneel André Pepitone, a taxa está coerente com a evolução da economia brasileira, bem como está em linha com os custos de capital oferecidos por diversas agências reguladoras internacionais.

O valor fixado para geração se aproxima do WACC de outros segmentos do setor elétrico: distribuição (7,5%) e Transmissão (6,62%).

O tema foi objeto de audiência pública, de 29 de janeiro a 28 de fevereiro. Foram enviadas 39 contribuições, sendo que duas foram acatadas integralmente e uma parcialmente aceita. O restante não foi considerado. Na abertura da AP, a taxa era de 7,03%, mas após os ajustes promovidos diante das contribuições recebidas, a WACC foi elevada para 7,16%.

Audiência discute elaboração do edital do A-3 - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abrirá audiência pública, de 26 de março a 16 de abril, com vista a colher subsídios para a elaboração do edital do próximo leilão A-3, marcado para 6 de junho. Serão firmados contratos na modalidade por quantidade, pelo período de 30 anos, e disponibilidade, pelo período de 20 anos. Porão participar empreendimentos de fontes hídricas, eólicas e termelétricas (gás natural e biomassa).

Os contratos por quantidade terão que destinar 10% da garantia física para o mercado regulado, enquanto esse percentual é de 70% para os contratos por disponibilidade. Os projetos vencedores precisam entregar energia em 1º de janeiro de 2017. Foi mantida a cláusula que obriga o empreendedor a constituir lastro em caso de usinas consideradas aptas a operar, mas que não conseguem gerar por falta da transmissão. A Aneel deve disponibilizar nesta quarta-feira (26/03) os endereços para que seja possível o envio das contribuições. (Jornal da Energia)
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