A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica se reuniu nesta terça-feira, 21 de janeiro, com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Na pauta estava o impacto financeiro para as distribuidoras decorrente do aumento dos custos com geração térmica e também com a exposição involuntária. Após o leilão A-1, que aconteceu em dezembro passado, a exposição das distribuidoras caiu de cerca de 6 GW médios para 3,3 GW médios, montante considerado alto, ainda mais se levado em conta um Preço de Liquidação de Diferenças na casa de R$ 400/MWh.
Segundo Nelson Fonseca Leite, presidente da Abradee, o Decreto 7945/2013, que determinou os aportes da Conta de Desenvolvimento Energético nas distribuidoras durante o ano passado, foi fundamental para o equilíbrio econômico-financeiro dessas empresas. "O ministério ficou de avaliar nosso pleito e criar um grupo para analisar a questão. Precisamos de uma solução antes que sejam realizados os primeiros pagamentos desse ano, o que deve ocorrer por volta do dia 20 de fevereiro", disse Leite à Agência CanalEnergia.
O executivo contou que o MME ficou de marcar novas reuniões com a associação para debater o tema. "Tem uma boa vontade do governo quanto a essa questão. Se repassarmos esse valor das térmicas e da exposição para as tarifas, vamos ter um aumento tarifário muito grande. A ideia é agir com equilíbrio entre os interesses do governo, dos consumidores e das distribuidoras e preservar o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias, porque elas não tem geração de caixa suficiente para poder fazer face a essas despesas", apontou Leite.
No ano passado, a CDE aportou nas distribuidoras cerca de R$ 9,6 bilhões e a situação para esse ano, nas contas do executivo, não é muito diferente. "Esse aporte foi fundamental para preservar o plano de investimentos do setor e a adimplência intrassetorial, que estariam comprometidos em 2013", destacou. (Agência Canal Energia)
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