O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira (4) que a Eletrobras “encontrará outros caminhos” para refinanciar a sua dívida junto a um fundo do setor elétrico, depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cancelou uma operação de empréstimo da empresa com a Caixa Econômica Federal.
“A Eletrobras tem sua programação, está tudo em ordem, as previsões foram feitas e não haverá qualquer prejuízo”, disse Lobão a jornalistas na Câmara, em Brasília. “Ela encontrará os seus caminhos [para saldar a dívida com o fundo], isso está sendo estudado com o Tesouro”, completou ele.
No final de novembro o conselho de administração da Eletrobras aprovou a tomada de um empréstimo junto à Caixa que seria usado para quitar uma dívida de R$ 2,6 bilhões que a empresa tem junto a um fundo cujos recursos estão sendo usados para bancar parte dos custos com o plano de barateamento da conta de luz, que começou a valer no início de 2013.
Entretanto, o empréstimo foi cancelado pelo ministro da Fazendo, Guido Mantega, depois que o empréstimo foi interpretado como uma manobra contábil para aliviar as contas do governo – o Tesouro faz repasses para cobrir despesas do fundo.
De acordo com Lobão, o Ministério da Fazenda “tem direito de participar” das decisões da Eletrobras. Ele disse ainda que o governo analisa novos aportes do Tesouro à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é o fundo do setor elétrico, e que esses aportes serão feitos, se necessários.
Para 2014 - Logo depois de Lobão, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que preside o conselho de administração da Eletrobras, também falou com jornalistas e disse que o empréstimo com a Caixa poderá ser reavaliado no ano que vem.
Ele disse que não tinha conhecimento do cancelamento da operação por Mantega. De acordo com ele, o empréstimo não foi fechado agora por falta de tempo.
“Não sei se foi cancelada [a operação com a Caixa]. Sei que não daria tempo esse ano e que foi deixada para o ano que vem”, disse Zimmermann, que defendeu o empréstimo. “Esse processo da Caixa era muito bom para a Eletrobras e eu tenho esperança que saia no ano que vem”, completou. (G1)
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