quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Desligar térmicas no NE gera economia de R$ 100 mi ao mês

O desligamento de cerca da metade das térmicas a óleo e diesel do Nordeste trará economia de R$ 100 milhões por mês, estima o presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema), Hermes Chipp.

A redução do custo é uma das maiores preocupações do governo, que teme o aumento da inflação, principalmente em ano eleitoral. 

Apesar do intenso uso das térmicas neste ano, a inflação não será afetada imediatamente, porque o governo permitiu a diluição do impacto nos próximos cinco anos. 

Chipp prevê, no entanto, que o uso de térmicas será menor em 2014, já que, por um novo sistema implantado neste ano pelo ONS, apenas em situações especiais as térmicas mais caras, a óleo e diesel, serão ligadas. A Copa do Mundo pode ser uma delas. 

Chipp disse que poderá reduzir a oferta de energia térmica para a região nos próximos dez dias, conforme antecipou a Folha. 

As térmicas mais caras continuam ligadas hoje no Nordeste por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas (23%, ante uma meta de 35%). 

Ainda assim, Chipp considera que será possível retirar do sistema pelo menos as térmicas mais caras, movidas a óleo combustível e diesel, deixando por segurança as térmicas a gás natural. 

"Poderia ser o dobro [de economia] se desligasse tudo, mas estamos aguardando as chuvas", disse Chipp em entrevista à Folha. 

O uso contínuo das usinas térmicas encarece a conta de luz, porque a energia gerada é mais cara do que a das hidrelétricas. As térmicas pagam pelo carvão, pelo diesel, pelo óleo e pelo gás natural, entre outras fontes de geração de energia. 

No Sudeste/Centro-Oeste e no Sul continuam operando as térmicas a gás natural. 

O mesmo acontecerá ao longo de 2014, disse, quando a previsão é que a maior parte das térmicas a gás fique ligada em todas as regiões para garantir a recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas. (Folha de S. Paulo)
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