quinta-feira, 16 de maio de 2013

Eletrobras:Resultado negativo de R$36 milhões no primeiro trimestre

A Eletrobras apresentou resultado negativo líquido consolidado de R$36 milhões no primeiro trimestre de 2013, contra um prejuízo de R$10,5 bilhões no quarto trimestre do ano passado e um lucro de R$1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2012. O Ebitda (lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi positivo em R$141 milhões, contra R$2,2 bilhões nos três primeiros meses de 2013. O resultado do trimestre, segundo a estatal, foi o primeiro a refletir as novas tarifas de geração e transmissão de energia, alteradas pela Lei 12.783/2013.

A Eletrobras enfatiza que o maior impacto positivo no resultado do primeiro trimestre – e principal responsável pelo prejuízo haver sido menor do que o previsto pelo mercado – veio das operações no mercado de energia de curto prazo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), relativas à Chesf, Eletronorte e Furnas, que produziram uma receita de R$ 816 milhões.

Do lado negativo, o que mais impactou foi o custo do combustível para produção de energia por parte das térmicas, que chegou ao montante de R$557 milhões no primeiro trimestre de 2013, contra R$89 milhões, nos primeiros três meses do ano passado. Também merecem destaque nesse quesito, de acordo com a estatal, a redução da conta de repasse de Itaipu, que foi negativa em R$85 milhões (contra R$ 706 milhões positivos no mesmo período de 2012), e o aumento das provisões para contingências, que passaram de R$103 milhões, no primeiro trimestre de 2012, para R$275 milhões no mesmo período deste ano.

Outros dois pontos positivos podem ser destacados no balanço do primeiro trimestre de 2013 da Eletrobras: o menor ritmo da elevação da conta de Pessoal, Manutenção e Serviços (PMS) ? cujo crescimento foi de 7,9% nos três primeiros meses de 2013, contra 10% no mesmo período do ano passado ? e a dívida líquida, negativa em R$8,2 bilhões, o que faz com que a empresa tenha, na verdade, um caixa líquido positivo, favorecendo, assim, a sua capacidade de investimento.

Copel lucra R$398,7 milhões no primeiro trimestre
A Copel registrou no primeiro trimestre de 2013 um lucro líquido de R$398,7 milhões, montante 24,7% superior aos R$319,7 milhões apurados no 1T12. No período, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização atingiu R$ 664,9 milhões, montante 10,4% superior aos R$602,1 milhões apresentados no mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia o resultado é explicado pelo crescimento de 72,1% na receita de suprimento em razão da estratégia de maior alocação de energia no mercado de curto prazo, realizado pela subsidiária de geração e transmissão em janeiro, parcialmente compensado pelo maior custo com energia comprada para revenda, que subiu 39,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Nos primeiros três meses de 2013, a receita operacional atingiu R$2,4 milhões, montante 17,6% superior ao alcançado no ano anterior. Na composição, a empresa destaca o aumento de 26,8% na receita de fornecimento de energia elétrica pela revisão tarifária do segmento de distribuição. Também apresentou crescimento de 216,7% o fornecimento de energia para o mercado livre. Segundo a companhia, a prorrogação do contrato dos ativos de transmissão ocasionou uma redução de cerca de R$189 milhões na Receita Anual Permitida - RAP, mas que foi parcialmente compensada pelo crescimento de 2,5% pelo mercado de distribuição.

No 1º trimestre de 2013, o total de custos e despesas operacionais atingiu R$ 1,8 milhões, valor 19,1% superior aos R$1,5 milhões registrados no 1T12. O total da dívida consolidada da Copel somava R$ 3,2 milhões em 31 de março de 2013, representando endividamento de 25,6% sobre o patrimônio líquido consolidado que totalizou no período R$ 12,7 milhões. Em 31 de março de 2013, o ativo total da Copel alcançou R$ 21,4 milhões, montante 1% superior ao registrado em dezembro de 2012. (Jornal da Energia) 
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