Lucro da Copel cai 38% em 2012, para R$ 726,5 mi
A Copel fechou 2012 com lucro líquido de R$ 726,5 milhões, queda de 38,3% ante o fechado do ano anterior, pressionada por revisão tarifária promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e por encargos com programa de demissão voluntária. Segundo a Copel, o terceiro ciclo de revisão tarifária da Copel Distribuição gerou impacto negativo líquido de R$ 236,6 milhões. Enquanto isso, a adesão de 790 empregados a um programa de demissão voluntária teve efeito negativo de R$ 111,4 milhões. A companhia informou ainda impacto de ativos e passivos regulatórios não reconhecidos pelo padrão contábil IFRS. A empresa informou no balanço que prevê investir R$ 1,98 bilhão em 2013, depois de realizar R$ 1,85 bilhão no ano passado, valor que ficou abaixo dos 2,26 bilhões previstos pela Copel. A companhia divulgou ainda que deve fazer aportes adicionais de R$ 647,4 milhões para novos negócios em 2013, valor bem acima dos R$ 55,1 milhões de 2012. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), em termos ajustados por ativos e passivos regulatórios, caiu 7,6%, para R$ 1,68 bilhão. A margem Ebitda, também ajustada, passou de 23,3 para 19,6%. A Copel encerrou 2012 com dívida líquida de R$ 1,014 bilhão, salto de 87,6% sobre 2011.
Provisionamento e compra de energia geram prejuízo, de acordo com Ativa
A Receita Operacional Líquida e o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) divulgados pela CESP vieram abaixo da expectativa do mercado, enquanto o prejuízo líquido superou o consenso, segundo a Ativa. Para a casa, a visão é negativa. De acordo com o diretor Ricardo Correa, o resultado foi negativamente impactado por: forte aumento das despesas com compra de energia, em função do encarecimento das tarifas no mercado de curto prazo, reflexo do acionamento das usinas térmicas, que são mais caras; provisionamento em relação à entidade de previdência a empregados, decorrente da redução para 3,75% da taxa de remuneração das NTN-B, que é utilizada no cálculo contábil para determinar o valor presente da obrigação atuarial. “A forte aceleração das despesas, associada a fraca expansão da receita, pesou sobre a geração de caixa da companhia e consequentemente contribuiu para o prejuízo reportado. Apesar disso, a companhia surpreendeu o mercado ao distribuir proventos maiores que o esperado”, diz. (Brasil Econômico)
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