segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Concessões: Aneel define documentos para renovar concessões na terça,(2)

Em cumprimento à Medida Provisória 579, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definirá durante a reunião de diretoria da próxima terça-feira (2/10) os documentos que deverão ser entregues pelas empresas do setor elétrico que desejarem renovar suas concessões. O relator será o diretor Romeu Donizete Rufino. 

Segundo a Aneel, as concessões alcançadas pela MP somam 123 contratos de geração, nove de transmissão e 44 de distribuição. O desejo de permanecer com a concessão deverá ser apresentado até 15 de outubro. 

A Aneel também sorteia nesta segunda-feira (1/10) um relator para o processo que discute os critérios para ajustar a receita anual dos ativos de geração alcançados pela MP.

Empresários do setor solar esperavam mais do PDE 2021
Apesar de mencionar que a energia solar pode se tornar competitiva ao longo dos próximos anos, o Plano Decenal de Energia (2021), colocado em consulta pública, frustou a expectativa de quem atua para acelerar a inserção da fonte no Brasil. “Esperávamos que ele propusesse ações mais efetivas para inserção da solar na matriz”, comentou o diretor do grupo setorial de energia fotovoltaica da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Leônidas Andrade. 

Para o especialista esperar que a solar se torne completamente competitiva para adotá-la em maior escala, pode “condenar o País a ser importador dos equipamentos que compõem o setor fotovoltaico”, analisou. Ele disse que o momento de fomentar a fonte seria “agora”, uma vez que o desenvolvimento de uma cadeia produtiva não ocorre instantaneamente, pois a curva de aprendizagem requer mais tempo. 

Andrade lembrou que o grupo setorial chegou a contribuir com a ideia para o PDE 2020, no sentido de que o governo poderia, por exemplo, estabelecer uma meta de 2GW até 2020. “Achamos que seria interessante”, colocou ao acrescentar que mesmo que essa capacidade corresponda a apenas 1,5% da matriz dentro de oito anos, seria suficiente para viabilizar o desenvolvimento de uma cadeia produtiva. O diretor acha que somente a aprovação da microgeração de energia, não é suficiente para estimular a indústria solar por aqui. Hoje, o Brasil tem cerca de 24MW em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P& D). 

O Grupo de Trabalho fotovoltaico da Abinee reúne 150 empresas interessadas no estímulo à produção nacional de equipamentos fotovoltaicos, e que acreditam na necessidade de um estímulo governamental. “Isso só será possível caso a demanda seja provocada com projetos desenvolvidos aqui no Brasil”, ressaltou o executivo ao citar que, anos atrás, a energia eólica não era competitiva, tendo se tornado mais barata, após os incentivos. “O setor fotovoltaico também espera que essa atenção seja dada a ele”, expôs. 

O representante do setor solar diz que o grupo pretende buscar uma interação cada vez maior com os agentes públicos, para provar que é possível implantar a solar a médio prazo. “Os preços estão caindo em todo o mundo e já houve um melhora significativa por aqui”, afirmou Andrade. O PDE cita que caso a tendência se confirme, a solar poderia ser inserida através da geração distribuída e concentrada em centrais solares, sem dizer quando alternativa poderá ocorrer. 

Entusiasmo - Mesmo tendo consciência de que o mercado fotovoltaico no Brasil está em fase inicial de desenvolvimento, empresas estrangeiras preparam o terreno para quando a tecnologia solar deslanchar. A Solarplaza, por exemplo, acaba de trazer uma missão de executivos ao País. “Todos estão convencidos de que o Brasil pode começar lentamente, mas que irá se tornar um mercado importante”, falou Edwin Koot, CEO da Solarplaza. 

Ele contou que já foram realizadas reuniões de negócios, e que podem resultar em novas empresas e parcerias no futuro, com novas abordagens de mercado e lançamentos de produtos no mercado local. “Não era esparado que os negócios fossem assinados em uma primeira visita”, ponderou. Para o CEO, este primeiro contato da empresa, no sentido de construir relacionamentos, despertou o interesse das empresas brasileiras em ter informações atualizadas do mercado global. 

Koot analisa que a missão foi bem sucedida, fazendo com que a Solarplaza retorne no próximo ano. De acordo com o executivo, mundialmente o mercado surpreendeu a indústria fotovoltaica, com o desenvolvimento acelerado que desencadeou em rápidas quedas de preços. (Jornal da Energia)
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