sexta-feira, 3 de agosto de 2012

MME autoriza CCEE a obter preços dos contratos no mercado livre

O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, autorizou nesta sexta-feira (3/8), por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União, a obrigação de que os agentes do mercado livre registrem os contratos na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com antecedência. E, a partir de janeiro de 2013, esse registro incluirá informações sobre os preços praticados nos acordos, que hoje não são coletadas.

Pelo que estabelece o texto, o cadastro dos acordos na CCEE deverá ser feito a partir de novembro deste ano. O registro precisa ser feito antes do início da entrega da energia. A partir de 30 de junho do ano que vem, os registros precisarão ser mensais e os montantes contratados poderão ser alterados após o registro, inclusive após a verificação do consumo.

Já a partir de 1 de julho entra em vigor a necessidade de informar a CCEE sobre preços, com registro semanal e possibilidade de alterar os montantes apenas antes do início da semana de entrega de energia. Segundo o ministéro, os preços valores continuarão confidenciais, cabendo à CCEE garantir a segurança dos dados. Esses números serão usados pela CCEE para "calcular e divulgar indicadores de preços praticados no ACL, com o objetivo de propiciar maior transparência e eficiência ao mercado de energia elétrica".

A CCEE já havia divulgado a intenção de criar índices de preços no mercado, e revelou, inclusive, que sofreu críticas por levar adiante a ideia. Na época, o órgão já previa que a proposta poderia entrar em vigor a partir de 2013. 

Aneel aprova expansão de grupo que estuda viabilidade do Complexo Tapajós
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a inclusão de Cemig, Copel, GDF Suez, Endesa e Neoenergia no grupo responsável pela elaboração dos estudos de viabilidade das usinas hidrelétricas de São Luiz do Tapajós (6.133MW), Jatobá (2.336MW), Cachoeria do Caí (802MW), Jamanxim (881MW) e Cachoeira dos Patos (528MW), nos rios Tapajós e Jamanxim.

A Eletrobras, responsável pelo empreendimento desde o início, tinha a seu lado no projeto a subsidiária Eletronorte, a construtora Camargo Corrêa e a francesa EDF. A ideia do governo é colocar os primeiros projetos do chamado Complexo Tapajós para serem licitados até o final de 2013.

A entrada dos novos players foi revelada no começo de julho, em comunicado enviado pela Cemig ao mercado, mas somente agora a Aneel aprovou oficialmente a nova formação. 

A expansão do grupo é resposta a uma chamada pública aberta pela própria Eletrobras, que buscava mais parceiros interessados. Os empreendimentos devem somar cerca de 10,6GW em potência instalada e inaugurar o conceito de "usina plataforma", para a redução dos impactos ambientais.

A ideia é levar operários de helicóptero, como em plataformas de petróleo, para não criar cidades na região, uma vez que os potenciais a serem explorados estão em áreas de floresta amazônica. (Jornal da Energia)
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