quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Nova estrutura organizacional da CCEE traz ganhos de eficiência e inovação

Vivenciamos na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) muitas mudanças neste início de ano, decorrentes da implantação de nossa nova estrutura organizacional. Já apresentado aos agentes e às associações representativas, o novo desenho das áreas internas e a definição de suas respectivas atribuições foram orientados pela excelência operacional e pelos melhores modelos de gestão e de administração de empresas.

Em nosso exercício de imersão para repensar a CCEE, consideramos seu papel como instituição do setor elétrico brasileiro sem perder de vista as expectativas dos agentes de mercado. A necessidade de ajustes também nos serviu de inspiração: uma simples análise retrospectiva denuncia como o mercado brasileiro de comercialização de energia elétrica se ampliou desde a criação da CCEE até os dias atuais.

A ampliação a que nos referimos traduz-se no número atual de agentes, nos volumes de energia transacionados, na quantidade de contratos, além da própria sofisticação do nosso mercado, cuja evolução trouxe novos atores, produtos, regras, mecanismos de segurança comercial, entre diversos outros elementos. Esses movimentos representaram, na CCEE, um aumento de atribuições que foram absorvidas sem adequações internas correlatas. Em 2000, tínhamos 59 associados à CCEE. Hoje, são mais de 1.650 agentes.

O novo modelo de gestão está em fase final de implantação. Simplificamos processos de negócios, estruturamos a gestão por processos e, como uma das principais mudanças, podemos listar o novo papel da gerência de tecnologia, que deixa de ser uma área de suporte para atuar como área de negócio, como tecnologia de mercado. A alteração não se restringe à nomenclatura: o grupo de tecnologia de mercado passa a desempenhar uma nova função, antecipando necessidades e soluções alinhadas com os movimentos de mercado e as mudanças em regras, possibilitados pelos avanços tecnológicos.

A ampliação da área de atendimento aos agentes e a criação das gerências de monitoramento dos agentes, inteligência de mercado, desenvolvimento & novos negócios, e compliance & gestão de risco permitirá a expansão de nossa atuação a outros campos. Assim, estaremos melhor preparados para os desafios do setor elétrico, com participação proativa, eficiente e, principalmente, estruturada.

O mercado de energia mudou em uma escala que nos exigiu o repensar de nossa concepção. O modelo anterior nunca impediu que a CCEE cumprisse suas obrigações ao longo desses anos ou até mesmo participasse da construção dos alicerces da comercialização de energia no país. Entretanto, entendemos que alcançamos um estágio de maturidade que nos permite o olhar crítico necessário para proceder ajustes e avançar nas frentes de inovação e eficiência, ampliando o nosso protagonismo como operador do mercado. * Presidente do Conselho de Administração da CCEE. (CCEE NEWS)


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